“Os atos irresponsáveis do Presidente tornaram necessário o seu ‘impeachment’. Ele não nos deixou outra escolha”, afirmou Nancy Pelosi, referindo-se à decisão dos democratas de levarem artigos de destituição para aprovação no plenário da Câmara de Representantes.
Segundo Pelosi, o Presidente agiu como uma “ameaça constante à segurança nacional e à integridade das eleições”, ao tentar pressionar um líder estrangeiro a investigar um rival político de Trump.
Se a Câmara de Representantes aprovar, com uma maioria simples, os dois artigos de destituição, como tudo indica que acontecerá hoje à noite (madrugada de quinta-feira em Portugal), o processo passará para o Senado, onde um julgamento político poderá levar à demissão do Presidente, se aprovada por uma maioria de 2/3, o que não é previsível, por a câmara alta do Congresso ser dominada pelos republicanos.
“Infelizmente, a visão de República dos nossos pais fundadores está ameaçada por ações da Casa Branca”, disse Nancy Pelosi, explicando as acusações de abuso de poder e de obstrução do Congresso contra Donald Trump.
Hoje, Donald Trump voltou a declarar-se inocente no inquérito para destituição, que arrancou no início de outubro, com acusações de que o Presidente teria pressionado o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyz Zelensky, para investigar a atividade, junto de uma empresa ucraniana envolvida em casos de corrupção, do filho de um rival político, Joe Biden.
Mas os democratas vão insistir nas provas angariadas nas audições do Comité de Inteligência, primeiro, e Comité Judiciário, depois, para legitimar a decisão de considerar que a atividade do Presidente no caso ucraniano é passível de destituição.
“É trágico que as ações imprudentes do Presidente tornem o ‘impeachment’ necessário”, disse Pelosi, acrescentando que Trump violou a Constituição e merece ser destituído.
“Estamos aqui para defender a democracia para o povo”, concluiu a líder da Câmara dos Representantes.
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