“Este balanço ainda pode aumentar”, disse o porta-voz do Ministério do Interior afegão Najib Danish.
O ataque, no qual morreu um colaborador da agência de notícias France-Presse, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
O bombista suicida acionou os explosivos no meio da multidão que esperava o ‘senhor da guerra’ de Jowzjan, no norte do país, à saída do aeroporto internacional de Cabul. A caravana de veículos blindados tinha acabado de passar e o general Dostum e comitiva saíram ilesos do ataque.
Temido e poderoso senhor da guerra do norte do Afeganistão e primeiro vice-~presidente, o general Abdul Rashid Dostum regressou a Cabul após um ano de exílio na Turquia.
Dostum, que deve retomar as funções de vice-presidente, apesar das acusações de tortura e violação que o obrigaram a deixar o país em 2017, é o segundo ‘senhor da guerra’ afegão a regressar à capital, depois de Gulbuddin Hekmatyar, conhecido como o “açougueiro de Cabul”, ter voltado em maio do ano passado, após 20 anos de exílio.
A comunidade internacional acusou Dostum de, em 2016, ter capturado o rival político Ahmad Eshchi, a quem submeteu a espancamentos, tortura e violação sexual. Antes, já tinha sido acusado de, em 2001, ter fechado milhares de talibãs em contentores onde os deixou morrer asfixiados.
À medida que se aproxima a data das legislativas de outubro e das eleições presidenciais, previstas no próximo ano, o Presidente afegão, Ashraf Ghani, procura consolidar a calma no norte do país, bastião de Dostum, ameaçado pelos ataques dos talibãs e do EI.
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