“A maioria morreu num incêndio”, indicou um porta-voz militar, Eko Daryanto, acrescentando que o “balanço pode aumentar, uma vez que muitas pessoas ficaram presas em lojas em chamas”.
Depois dos incidentes racistas contra a população melanésia, protestos e tumultos, às vezes mortais, ocorrem na Papua desde 19 de agosto tendo sido também relançados os pedidos de um referendo para a independência.
Segundo as autoridades, 16 pessoas morreram hoje na cidade de Wamena, onde várias centenas de pessoas participaram numa manifestação durante a qual edifícios foram incendiados.
Um soldado e três civis foram também vítimas mortais, em Jayapura, capital da província, de confrontos entre forças de segurança e manifestantes.
Cerca de 300 pessoas foram detidas, disse Eko Daryanto relatando 65 feridos.
Os estudantes reuniram-se em frente à Universidade de Jayapura para protestar contra o racismo.
No entanto, ocorreram confrontos com a polícia que disparou tiros de aviso para deslocá-los para outro local, de acordo com um jornalista da agência noticiosa France-Presse (AFP).
Em Wamena, a sede do departamento foi destruída devido a um incêndio bem como outros edifícios e lojas, constatou outro jornalista da AFP.
Anteriormente, um porta-voz da polícia, Dedi Prasetyo, disse que as autoridades “tomaram medidas para impedir que os tumultos aumentassem”.
Os serviços de Internet foram parcialmente cortados na região, segundo um jornalista da AFP e o aeroporto de Wamena foi fechado, provocando o cancelamento de cerca de 20 voos, de acordo com os relatos da imprensa local.
Desde 19 de agosto, muitas localidades em Papua assistiram a manifestações, algumas degenerando em tumultos com edifícios em chamas e confrontos com a polícia.
A agitação começou em reação aos incidentes racistas contra estudantes de Papua na Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia na ilha de Java, tendo sido também relançados os pedidos para um referendo sobre a independência.
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