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As propostas do PCP representam “uma opção de rutura que se confronta quer com a maioria absoluta do PS, quer com as opções e propostas de PSD, Chega e IL”, além de responderem “a muitos dos problemas” do país, disse a líder parlamentar comunista, Paula Santos.
“Ao todo, o PCP apresentará até ao final deste processo cerca de 400 propostas”, afirmou a deputada, em conferência de imprensa, na Assembleia da República.
Entre as alterações anunciadas pela bancada comunistas, Paula Santos destacou “a valorização e reposição do poder de compra” perdido pelos trabalhadores da Administração Pública através do aumento dos “salários por via da negociação coletiva”.
O PCP também propõe um aumento mínimo de 50 euros nas pensões, “sem cortes em relação à lei em vigor”, assim como a possibilidade de aposentação “sem penalizações” depois de 40 anos de contribuições.
A criação de uma rede pública de creches e a gratuitidade para todas as crianças é uma proposta há muito defendida pelo PCP e que o partido volta a tentar inscrevê-la no Orçamento do Estado para o próximo ano.
Entre as cerca de quatro centenas de propostas que o PCP apresentou para alterar a lei orçamental de 2023 inclui-se a “taxação extraordinária sobre as empresas dos setores da energia, grande distribuição, banca, seguros, cujos lucros sejam superiores 35 milhões de euros”, com uma taxa de “35% sobre os lucros acima da média dos lucros alcançados nos últimos quatro anos”, acrescentou a líder da bancada comunista.
A proposta de Orçamento do Estado para 2023 está a ser discutido no âmbito da especialidade. Foi aprovada na generalidade apenas com os votos a favor do PS, que tem maioria absoluta no parlamento, abstenções dos deputados únicos do PAN e Livre, e votos contra dos restantes partidos.
A votação final global está agendada para 25 de novembro.
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