“A primeira questão central é que o combustível que se começa a gastar agora foi comprado antes desta situação e não se percebe este brutal aumento dos combustíveis comprado nestas circunstâncias e neste tempo”, disse o secretário-geral do PCP à margem de uma marcha do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) para assinalar do Dia da Mulher.
“As medidas do governo são curtas e insuficientes”, disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas, defendendo a “regulação dos preços como condição fundamental para impedir que as consequências [da subida do preço dos combustíveis] para a nossa economia sejam avassaladoras”.
Os transportadores rodoviários de mercadorias não foram abrangidos pelas medidas anunciadas pelo Governo para mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis e que incluem, designadamente, a subida do desconto no Autovoucher de cinco para 20 euros e o prolongamento por mais três meses do apoio dado a táxis e autocarros (pagando agora 30 cêntimos por litro de combustível, em vez dos atuais 10).
Os preços dos combustíveis dispararam nas últimas semanas, tanto nos EUA como na Europa, atingindo os níveis mais altos da última década, devido aos receios de uma redução na oferta, provocada pela invasão russa da Ucrânia.
Em Portugal, o gasóleo sofreu esta semana um agravamento superior a 14 cêntimos por litro, enquanto a gasolina ficou cerca de oito cêntimos mais cara.
Na próxima semana, o preço por litro do gasóleo deverá subir 13,6 cêntimos e o da gasolina 9,3 cêntimos, segundo contas feitas pela Lusa com base nos números fornecidos pelo Governo para redução do ISP.
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