“Esperava hoje, que depois da demonstração que fizemos destes resultados, o Partido Socialista e o chefe do Governo pudessem ter respondido contrariando aquilo que eu disse, apresentando outros dados, outros números, quer dizer, fundamentando a sua posição, mas tal como eu disse hoje em Castelo de Vide, infelizmente, não tem sido essa a prática”, disse.
“E mais uma vez perderam uma oportunidade para responder à nossa visão de futuro e às críticas materiais, factuais que fazemos, classificando as nossas intervenções, ou melhor dizendo, desclassificando as intervenções e os interventores”, acrescentou.
Pedro Passos Coelho, que falava na freguesia de Fortios, no concelho de Portalegre, na apresentação dos candidatos do partido à eleições autárquicas daquele concelho, lamentou que António Costa não tenha respondido à sua “visão de futuro” com “outros dados, outros números”, acrescentando ainda que o debate político está “degradado” em Portugal.
“Que pena que o nosso debate político nacional esteja tão degradado que não possamos contar do lado de quem governa com a preocupação de fundamentar, com factos, com números, as opções que toma e se preocupa apenas em poder rotular, desclassificar, tudo aquilo que não são elogios, que não seja a bajulação que não seja o pensamento único que nos querem impor”, disse.
António Costa, que esta tarde reagiu às propostas lançadas por Passos Coelho no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, disse em Coimbra que a “chave do futuro” do país é diferente e que o líder do PSD “nada aprendeu” com o passado, querendo “repetir” no futuro aquilo que falhou.
“Se hoje temos estes resultados, é porque virámos a página da austeridade”, disse, ao criticar o PSD de Pedro Passos Coelho, que “nada aprendeu e só quer repetir aquilo em que já falhou” no passado.
“Ainda hoje, ao ouvir o líder da oposição a falar no encerramento daquela Universidade de Verão” do PSD — “que mais parecia uma escola de maledicência que ocupou a semana” — se verificou “que a receita é sempre a mesma”, com o objetivo de “evitar os aumentos salariais e diabolizá-los”.
“Devolvemos confiança à sociedade portuguesa. E é com base nessa confiança que os investidores estão hoje a investir e tivemos o maior investimento privado dos últimos 18 anos em Portugal”, declarou.
Pedro Passos Coelho lamentou, por sua vez, esta posição de António Costa e alertou o Governo que, ao “desclassificar” as propostas do PSD, os socialistas vão continuar a “falar sozinhos”, no futuro.
“Podem continuar nesse registo, mas continuarão a falar sozinhos, e cuidado: não se deixem equivocar em excesso com sondagens e com perceções, todos nós já vimos muitas coisas ao longo dos anos, já vimos muitos vaticínios que não se verificaram, as pessoas estão mais atentas do que parece”, alertou.
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