"Hoje tivemos uma boa notícia com o desemprego. Soubemos que em outubro ele recuou um pouco mais significativamente e isso é uma boa notícia para começarmos o nosso ano. Pena que não tivéssemos conseguido ter notícias tão boas como esta do lado do emprego", disse Pedro Passos Coelho, que falava em Ponte da Barca durante a iniciativa "Cantar as Janeiras".
O líder do PSD acrescentou que "era muito importante que o desemprego não baixasse apenas porque as pessoas chegam à sua idade de aposentação" mas porque "houvesse criação de emprego com uma perspetiva de remuneração qualificada".
A taxa de desemprego situou-se nos 10,5% em novembro, segundo a estimativa provisória divulgada pelo INE, que reviu em baixa os valores de outubro para 10,6%, face à estimativa inicial de 10,8%.
A estimativa provisória da população desempregada em novembro foi de 534,3 mil pessoas e a da população empregada foi de 4,574 milhões de pessoas.
Em novembro de 2015, a taxa de desemprego situou-se nos 12,3%.
Para Passos Coelho, para que a criação de emprego com remuneração qualificada aumente é preciso que o Governo tenha "uma agenda de compromissos e reformas que traga esse rendimento e essa expectativa".
"Só é possível ter um país a corrigir mais as desigualdades e gerar mais emprego com uma agenda reformista. Isto é: Se não nos conformarmos com o que temos e isso, infelizmente, não tem estado muito nas preocupações do dia-a-dia, antes pelo contrário. Aquilo que se tem visto durante o ano de 2016 é um bocadinho andar para trás e desfazer e menos o construir e andar para a frente".
O líder social-democrata defendeu a necessidade de o Governo "dar profundidade às políticas que devem ser realizadas".
"Gostaria que o Governo parasse com a ideia de andar para trás e de desfazer o que vinha sendo feito e que se comprometesse com uma agenda de reformas que acrescentasse, que unisse as pessoas e que nos permitisse sonhar um bocadinho mais alto e de uma forma mais duradoira, sem artificialismos, sem olhar apenas para o dia- a-dia. Que olhasse para o futuro com mais ambição", frisou.
Acrescentou que o país "tem que crescer mais do que está previsto para que as injustiças sociais e desigualdades económicas possam ser progressivamente superadas com envolvimento muito grande de todos os agentes económicos políticos e sociais".
"Gostaríamos que o governo não cometesse os mesmos erros do ano passado, que aprendesse alguma coisa com os erros que se cometeram para podermos, em 2017, melhores resultados que em 2016", referiu.
O líder do PSD participa ainda esta noite, em Arcos de Valdevez, num jantar convívio organizado pelo PSD daquele concelho do Alto Minho.
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