No meio de um encontro com a comunidade portuguesa em Genebra, que se estendeu por quase três horas, Luís Montenegro foi questionado pelos jornalistas sobre o significado da derrota da AD para o PS e sobre a queda, para metade da votação, do Chega, respondendo que não pretendia fazer interpretação de resultados.
“Para mim, para o Governo, para o que temos de fazer por Portugal, a sexta-feira antes das eleições é exatamente igual à segunda-feira seguinte às eleições. Nós temos um rumo, nós temos um programa, nós temos o dever de cumprir as nossas promessas e os nossos compromissos, e é isso que vamos fazer intransigentemente”, disse.
Para tal, continuou, “é preciso dialogar com os partidos políticos à direita e à esquerda”, salientando que, no parlamento, a AD “não discriminou” qualquer partido.
“O que não me podem exigir é resultados desse diálogo se essas forças políticas não querem convergir ou quando elas convergem umas com as outras”, disse, considerando que o resultado das europeias “não acrescentou nem tirou nada” quanto à necessidade de diálogo.
Questionado se as europeias não poderão ter retirado gás à extrema-direita em Portugal, Montenegro voltou a recusar fazer interpretações: “Do ponto de vista da governação, para mim não mudou nada no domingo”.
“O Governo tem legitimidade do voto popular e da investidura parlamentar”, defendeu.
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