“Nós prevemos organizar as eleições no outono”, afirmou Sigurdur Ingi Johannsson, antigo ministro da Agricultura, hoje nomeado chefe do Governo em substituição de Sigmundur David Gunnlaugsson, que anunciou a sua demissão na terça-feira, após manifestações de protesto.
Na segunda-feira, Gunnlaugsson tinha excluído demitir-se após a revelação de que possui bens dissimulados num paraíso fiscal, no âmbito da publicação dos chamados Papéis do Panamá (Panama Papers) e que levaram à rua milhares de manifestantes em cólera.
A oposição de esquerda exigiu o seu afastamento logo após a divulgação dos documentos, onde se refere que terá criado em 2007 uma sociedade com a sua mulher nas ilhas Virgens britânicas para gerir a sua fortuna.
O caso estava a revelar-se particularmente sensível num país ainda marcado pelos escândalos da década de 2000 que envolveram o setor financeiro e pelo colapso económico registado em 2008.
De acordo com os documentos publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), Gunnlaugsson, 41 anos, deteria 50 por cento da sociedade envolvida até ao final de 2009. Quando foi eleito pela primeira vez deputado em abril de 2009, na qualidade de líder do Partido do Progresso, omitiu essa participação na sua declaração de património.
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