Devido às normas de distanciamento para evitar o contágio, apenas foi autorizada a presença de cerca de 200 pessoas, todas com máscara, na cerimónia que assinala o começo do período entre a crucificação de Cristo e a ressurreição no domingo de Páscoa.
Pelo segundo ano consecutivo, o Vaticano reduziu a um número limitado de adultos o tradicional sacramento do batismo, para reduzir o risco de contágio.
Normalmente um longo ritual noturno, a vigília deste ano também começou mais cedo do que o normal para respeitar o recolher obrigatório que vigora em Itália a partir das 22:00.
Contudo, a cerimónia religiosa seguiu o habitual ritual, com o Papa Francisco a acender uma única vela (círio) na basílica às escuras, partilhando depois a sua chama com as outras pessoas, até, finalmente, se acenderem as luzes.
“Nestes meses escuros da pandemia, ouçamos o Senhor ressuscitado enquanto nos convida a começar de novo e a nunca perder a esperança”, disse Francisco na sua homília.
“É sempre possível começar de novo, porque há uma nova vida que Deus pode despertar em nós, apesar de todos os nossos fracassos”, acrescentou.
Francisco, que, mais uma vez, não usou máscara, coxeou consideravelmente durante a missa, dando sinal de sofrimento devido a dor ciática.
No domingo, o Papa deve presidir à eucaristia da Páscoa perante um grupo igualmente pequeno de fiéis e dirigir a sua tradicional “Urbi et Orbi”, a bênção “à cidade e ao mundo”.
Normalmente, a missa de Páscoa e a bênção são celebradas perante dezenas de milhares de pessoas numa Praça de São Pedro decorada com flores, mas, este ano, Francisco celebrará o serviço religioso na basílica e dirigirá a bênção no altar, para evitar que se formem multidões.
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