Com esta missa papal sem precedentes no Iraque, celebrada na Igreja de São José, no centro de Bagdade, o chefe da igreja católica, de 84 anos, celebrou a sua primeira missa de rito oriental que foi falada em árabe, em aramaico, curdo e turcomano, bem como o italiano.
A cerimónia nesta igreja, no centro da capital, contou com a presença surpresa do presidente iraquiano curdo, Barham Salih, com quem Francisco se encontrou à chegada ao país árabe.
No segundo dia da sua histórica visita ao Iraque, Francisco celebrou a sua primeira missa pelos fiéis cristãos, castigados nos últimos anos por a perseguição do grupo terrorista do autoproclamado Estado Islâmico.
O Papa quis usar o rito sírio-oriental para homenagear as igrejas cristãs orientais, que enriquecem as liturgias. O papa falou em italiano e os fiéis responderam em árabe.
Na sua homilia, baseada na leitura das bem-aventuranças, o Papa perguntou: “como é possível bem-aventurados, para o mundo, são os ricos, os poderosos, os famosos” quem conta.
Mas, para Deus, “não é grande o que tem mais, mas sim quem não é pobre de espírito, não é quem domina os outros, mas sim quem é manso com todos, não é o que é aclamado por multidões, mas sim quem é misericordioso com seus irmãos”.
Com a celebração desta missa, Francisco concluiu o segundo dia da viagem ao Iraque, num dia histórico em que se reuniu com o líder espiritual dos xiitas, o aiatola Ali al Sistani, e viajou para Ur, onde a tradição diz que nasceu o patriarca Abraão, venerado por as três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Este domingo, o Papa visita três cidades em menos de 10 horas. Viajará à destruída Mosul, onde o Estado Islâmico proclamou o seu “califado”, em 2014, a Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, e a Erbil a capital do Curdistão e onde celebrará o ato com maior número de pessoas, uma missa para 10.000 fiéis.
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