Depois de “testemunhos gravados em vídeo”, nas redes sociais, com “registos noturnos e diurnos”, o PAN diz, em comunicado, que quer saber se o Governo “tem conhecimento” da ocorrência em "pleno pico turístico" e “se o mesmo é procedente do Complexo da Repsol em Sines”.
Em caso de "poluição atmosférica excessiva", o PAN questionou ainda o Governo sobre as “ações que foram promovidas" pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) "para colmatar esta irregularidade” e "que medidas foram tomadas para alertar as pessoas da região”.
O partido também quer saber se a ultrapassagem dos valores nas emissões de ozono, ocorrida no início de agosto e detetada pela estação de monitorização da qualidade do ar, em Monte Chãos, no concelho de Sines, teve “origem ou relação com as operações do Complexo Industrial de Sines”.
O PAN alerta para os efeitos na saúde das populações “expostas a curto prazo a elevadas concentrações de ozono” e que conduzem a “danos nos pulmões e inflamação das vias respiratórias, aumento da tosse e maior probabilidade de ataques de asma”.
Também a Câmara Municipal de Sines informou hoje, na sua página na Internet, ter dado conhecimento às autoridades com competência em matéria ambiental sobre "mais um episódio de fumo negro com origem na fábrica da Repsol em Sines”, ocorrido na última sexta-feira.
Trata-se, segundo o município, de “episódios recorrentes de fumo negro, com forte ruído por vezes associado, proveniente das flares do complexo industrial da Repsol” e que “além de todos os danos causados ao meio ambiente, incomoda e prejudica quem vive cá e turistas”.
De acordo com a autarquia, que cita uma informação divulgada pela empresa Repsol Polímeros, o último episódio de poluição atmosférica resultou de “uma perturbação na Unidade de Steam Cracker por atuação de um automatismo que fez disparar vários equipamentos desta unidade e obrigou à sua paragem”.
No ofício enviado à APA, Inspeção-Geral de Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Território, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Direção Regional de Economia do Alentejo, IAPMEI e Autoridade de Saúde, a Câmara de Sines solicita uma intervenção “de forma a ajudar a resolver a situação”.
Comentários