Os bombardeamentos aéreos e de artilharia israelitas “estão em curso desde a noite passada e intensificaram-se a partir da manhã”, disse o porta-voz da defesa civil palestiniana, Ahmed Redwan, à agência francesa AFP.
Redwan disse que dois dos bairros visados, Al-Shuka e Al-Salam, estavam entre os que o exército israelita pediu aos residentes que se retirassem para uma “zona humanitária”.
Segundo Redwan, a intensificação dos bombardeamentos coincidiu com o facto de Israel ter anunciado aos habitantes de certos bairros do leste de Rafah que deviam abandonar o local devido a uma operação militar iminente.
Questionado pela AFP, o exército israelita não fez qualquer comentário imediato.
Ossama al-Kahlut, membro do departamento de operações de emergência do Crescente Vermelho em Rafah, confirmou os bombardeamentos israelitas nos bairros orientais da cidade do sul da Faixa de Gaza e que faz fronteira com o Egito.
“É evidente que o alvo são as casas, mas não fomos informados de quaisquer vítimas nas zonas visadas”, disse.
Yakoub al-Sheikh Salama, 30 anos, residente em Rafah, relatou fortes bombardeamentos em vários bairros, incluindo Al-Salam e Al-Shuka.
“Há explosões fortes e sons assustadores de bombardeamentos aéreos e de artilharia”, disse à agência francesa.
O exército israelita ordenou hoje aos residentes dos bairros orientais de Rafah que se retirassem para uma “zona humanitária”.
As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas.
Apesar dos apelos internacionais, Israel continua a ameaçar realizar uma ofensiva em Rafah, onde se encontram milhares de pessoas que já tinham sido obrigadas a fugir do norte do território.
Israel argumenta que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas palestiniano estão em Rafah.
O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34.700 mortos, segundo balanços das duas partes.
O Hamas controla o pequeno território palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.
Comentários