Em comunicado enviado à agência Lusa, o bastonário, Miguel Guimarães, e o conselho nacional da OdM lamentam que os médicos tenham servido de "bodes expiatórios e armas de arremesso", nos recentes protestos e greve nacional dos enfermeiros, em particular no que toca a comparação de remunerações.
"Em termos gerais, o grupo profissional médico representa, quer em termos nacionais quer no SNS [Serviço Nacional de Saúde], aproximadamente 22% dos recursos humanos e 45% das despesas remuneratórias", afirma a OdM.
Num braço de ferro com o Ministério da Saúde que se prolonga desde julho, os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros.
"A situação atual reclama serenidade e ação, capacidade de resposta para os doentes urgentes. (...) Neste momento, especialmente complexo, a Ordem dos Médicos recomenda ao Ministério da Saúde uma gestão baseada na firmeza, justiça, reconhecimento do valor dos profissionais", lê-se no comunicado.
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