O PS/Guarda refere, em comunicado, que "tomou conhecimento das investigações do Ministério Público envolvendo três dirigentes políticos e dois funcionários da Câmara Municipal da Guarda, tendo já sido constituídos arguidos e deduzida acusação".
Na quinta-feira, a estação televisiva SIC noticiou que o eurodeputado Álvaro Amaro e ex-presidente da Câmara da Guarda, o atual presidente, Carlos Chaves Monteiro, o vereador da Cultura, Victor Amaral, e duas técnicas superiores "vão responder por fraude na obtenção do subsídio que financiou a festa de Carnaval em 2014".
"A acusação do Departamento de Instrução e Ação Penal (DIAP) de Coimbra foi deduzida já depois das eleições europeias e propõe que os políticos percam o mandato e que as funcionárias sejam proibidas de exercer funções", adiantou a SIC.
Hoje, a concelhia socialista da Guarda, presidida por Agostinho Gonçalves, refere que "vê com muita preocupação o alegado envolvimento de responsáveis políticos e da administração autárquica em práticas que alegadamente violam a lei".
O partido espera "que as suspeitas não se venham a confirmar e que, assim, possa ser reposta rapidamente a normalidade" da vida autárquica na Guarda.
"O PS reafirma, neste caso, como em todos os outros, a defesa intransigente do princípio da presunção da inocência, enquanto valor inestimável de um Estado democrático garante dos direitos individuais dos cidadãos", conclui a nota.
O social-democrata Álvaro Amaro, que renunciou ao mandato autárquico na Guarda para assumir o cargo de deputado no Parlamento Europeu, na sequência das eleições de 26 de maio, foi também constituído arguido no âmbito da operação "Rota Final".
Na semana passada, a Polícia Judiciária realizou buscas a 18 câmaras municipais do Norte e Centro de Portugal, sendo a operadora de transportes públicos Transdev também uma das visadas.
A operação ‘Rota Final’ investiga um alegado esquema fraudulento de viciação de procedimentos de contratação pública.
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