Os cinco detidos, entre eles um oficial de justiça, dois advogados e o filho de um destes, que foram presentes ao juiz conselheiro Pires da Graça ao início da noite de quarta-feira, estão entre os 12 arguidos do processo, que incluem também os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o vice-presidente do clube, Fernando Tavares.
Os detidos, acompanhados dos respetivos advogados, chegaram ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pouco depois das 18:30 e depois de preenchida documentação relativa ao processo começaram a ser identificados, cerca das 20:00, segundo informações recolhidas pela Lusa no local.
Cerca das 21:15 saiu um dos advogados no processo, António Pinto Pereira (cujo cliente que representa é ainda desconhecido), que disse aos jornalistas que ia “comer qualquer coisa rápido” e afirmou que “os trabalhos estavam a decorrer”, tendo regressado às instalações do Supremo, na Praça do Comércio, 20 minutos depois.
A primeira sessão de apresentação ao juiz terminou cerca 23:30, com os detidos a abandonarem o Supremo Tribunal de Justiça cerca das 23:50, por uma porta lateral. Presente na sessão esteve também o procurador-geral adjunto Paulo Sousa, coordenador do Ministério Público no STJ.
Não foram feitos mais esclarecimentos após o final dos trabalhos na quarta-feira.
Os interrogatórios aos cinco detidos na ‘Operação Lex’, que pernoitaram no Estabelecimento Prisional anexo à Polícia Judiciária (EPPJ), prosseguem esta manhã no Supremo Tribunal de Justiça, estando o início dos trabalhos previsto para as 10:00.
A ‘Operação Lex’ investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.
Na operação, desencadeada na terça-feira, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, à casa de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.
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