“Condenamos toda a violência e toda a incitação à violência, assim como as divisões étnicas e as provocações”, declarou Rupert Colville durante a habitual conferência de imprensa da ONU em Genebra (Suíça), numa altura em que aquela região regista a pior escalada em anos, desencadeada por violência em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada.
Sobre os confrontos na Esplanada das Mesquitas, o porta-voz considerou que as forças de segurança israelitas “claramente não respeitaram nos últimos dias” a sua obrigação de responder de forma proporcionada e de garantir o direito de reunião pacífica.
Sublinhou igualmente que os disparos de ‘rockets’ a partir da Faixa de Gaza contra Israel “estão estritamente proibidos pelas leis humanitárias internacionais e devem parar imediatamente”.
As autoridades do Hamas, movimento islamita no poder em Gaza, deram conta de 22 mortos, incluindo nove crianças, em resultado dos ataques israelitas em represália às salvas de ‘rockets’ disparados a partir do enclave palestiniano, além de 106 feridos.
O exército israelita indicou ter matado 15 membros do Hamas e da Jihad Islâmica, um outro grupo armado palestiniano, tendo atingido 130 alvos militares, na maioria do movimento que controla Gaza.
Os militantes em Gaza dispararam mais de 200 ‘rockets’ contra Israel, ferindo seis civis israelitas num ataque direto a um prédio de apartamentos.
Os confrontos diários na Esplanada das Mesquitas, que os judeus chamam Monte do Templo, na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, opondo palestinianos à polícia israelita causaram centenas de feridos desde sexta-feira.
Num sinal da crescente agitação, centenas de pessoas de comunidades árabes em Israel realizaram manifestações noturnas contra a situação em Jerusalém, um dos maiores protestos de cidadãos palestinianos em Israel nos últimos anos, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
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