O atual recorde é quase três vezes superior ao registado antes da onda atual, em abril de 2021, com 900.000 casos, de acordo com estatísticas da OMS citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
Os peritos atribuem o aumento generalizado de casos à variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, uma doença respiratória.
Segundo dados compilados pela agência de notícias France-Presse (AFP) até às 11:00 de hoje, a pandemia matou pelo menos 5.470.916 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019.
Em termos absolutos, os Estados Unidos são o país com mais mortes, com 833.989, seguido do Brasil (619.641), Índia (483.178) e Rússia (314.604).
O Peru tem o maior número de mortes em relação à sua população, seguido da Bósnia-Herzegovina e da Hungria.
De acordo com uma contagem independente feita pela Universidade Johns Hopkins, com dados coligidos a partir de diferentes fontes oficiais, o número de infeções com covid-19 conhecidas ultrapassou hoje os 300 milhões.
A OMS estima que, tendo em conta o excesso de mortes direta e indiretamente ligadas à covid-19, o número de mortos da pandemia poderá ser duas a três vezes superior ao registado oficialmente.
O número de vacinas anticovid-19 administradas no mundo é superior a 9.300 milhões de doses, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Em relação às novas infeções, os dados da OMS mostram aumentos acentuados na Europa, que nas últimas 24 horas confirmou 1,2 milhões de casos, contra 1,1 milhões nas Américas e 105.000 na região da Ásia Oriental.
Noutras áreas, como o Médio Oriente e o Sul da Ásia, a curva ainda está abaixo das ondas anteriores.
Em África, a primeira região onde a variante Ómicron foi detetada, os dados parecem indicar que o pico da infeção foi ultrapassado, embora os números ainda estejam acima dos de ondas anteriores.
Apesar do forte aumento do número de casos, o número de mortes por dia permanece estável e no mesmo intervalo dos últimos três meses, com 8.100 mortes a nível mundial nas últimas 24 horas, de acordo com os números da OMS citados pela EFE.
Na contabilização semanal da AFP, o aumento de casos ocorreu em todas as regiões do mundo: Oceânia (+259%), América Latina/Caraíbas (+143%), Médio Oriente (+110%), Ásia (+109%), Estados Unidos e Canadá (+69%), Europa (+51%) e África (+3%).
A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções e que as comparações entre países devem ser feitas com cautela, uma vez que as políticas de testes diferem de um país para outro.
Para as estatísticas nacionais, a análise da agência francesa é limitada aos países com uma população de pelo menos 500.000 habitantes e uma taxa de incidência de mais de 50 casos semanais por cada 100.000 habitantes.
Esta semana, dezenas de países em todo o mundo viram os seus casos aumentar duas ou mais vezes, incluindo Índia, Paquistão, Brasil, México, Japão, Filipinas e Itália.
Os Estados Unidos continuam a ser o país com o maior número de novas infeções em termos absolutos esta semana (595.200 casos diários, +70%), à frente da França (206.100, +70%) e do Reino Unido (181.000, +30%).
Proporcionalmente à população, o país com mais casos novos esta semana é Chipre (3.468 por 100.000 habitantes), à frente da Irlanda (2.840), Grécia (2.415), Montenegro (2.371) e Dinamarca (2.362).
A nível mundial, apesar do aumento dos casos, o número de mortes diárias continuou a diminuir esta semana (-3%), com 6.172 mortes por dia.
Os Estados Unidos têm o maior número absoluto de mortes diárias, 1.357 por dia esta semana, à frente da Rússia (838) e da Polónia (414).
Como proporção da população, os países com o maior número de mortes na última semana são Trindade e Tobago (10,1 mortes por 100.000 habitantes), Geórgia (8,1), Polónia (7,7), Bulgária (7,0) e Croácia (6,6).
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