“Cremos que é possível melhorar o Orçamento, colocar as questões que são mais sentidas por quem trabalha, por quem trabalhou, pelos pequenos empresários” ou ainda “a necessidade de uma resposta de fundo ao aumento da produção nacional”, afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, antes de visitar uma exposição, ao lar livre, em Lisboa, sobre os 50 anos da CGTP.
Depois de semanas em que o foco do noticiário apontou para as negociações entre o Governo e o Bloco de Esquerda, o líder dos comunistas adotou um discurso otimista e voltou a uma das frases no final da festa do Avante, no início de setembro, de que o PCP é um “partido que conta”.
Questionado se recebeu sinais da parte do executivo para justificar o otimismo, Jerónimo afirmou: “Sinto que o PCP conta e queremos dar a nossa melhor contribuição com sentido construtivo.”
Sem se comprometer com qualquer sentido de voto ou avaliação do OE2021, que só é apresentado em 12 de outubro no parlamento, o secretário-geral do PCP admitiu que há conversas a decorrer e relativizou os riscos de crise política e esse “valor supremo, como é dito e entendido, da estabilidade política”.
“Não andemos para trás”, defendeu, alertando que “os problemas já são muitos, estão agravados no plano económico e social” e que os comunistas não apoiarão um Orçamento que “não dê resposta” ou agrave os problemas.
“Acreditamos que há espaço para apresentar as nossas propostas com sentido construtivo”, concluiu.
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