Esta posição consta de uma nota pública divulgada por Nuno Melo, na qual também acusa a direção do seu partido de incoerência ao defender uma coligação com o PSD no círculo eleitoral dos Açores.
O Conselho Nacional do CDS-PP reúne-se hoje extraordinariamente, tendo como ponto único de deliberação a aprovação da coligação do partido com o PSD e PPM no círculo eleitoral dos Açores nas próximas eleições legislativas.
“A urgência da convocatória resulta da necessidade de aprovar a coligação proposta pelos órgãos regionais dos Açores”, lê-se na convocatória enviada aos conselheiros nacionais do CDS-PP.
Nuno Melo argumenta que o Conselho Nacional do CDS “tem vindo a reunir com violação de regras regimentais e legais e inaceitável parcialidade na condução dos trabalhos”.
“Incompreensivelmente, os conselhos nacionais do CDS são desde há muito apenas urgentes e virtuais. Reuniões que por norma eram presenciais, com entrega de documentos bastantes e tempo para meditação nos temas — como sucede no restante firmamento dos partidos democráticos –, passaram a exceção no CDS. São os estranhos tempos”, escreve o eurodeputado democrata-cristão.
De acordo com Nuno Melo, o Conselho Nacional de hoje “decorre de outro, cuja convocatória o Conselho Nacional de Jurisdição declarou nula e de nenhum efeito, mas que adiou o congresso do partido antes aberto”.
“O próprio tribunal do partido foi agora igualmente suspenso pelo respetivo presidente, Alberto Coelho, para evitar que a democracia funcione e possa ser proferida uma decisão acerca da impugnação que apresentei”, assinala.
No plano político, o eurodeputado democrata-cristão diz que a proposta de coligação com o PSD nos Açores acontece no momento em que o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, acusa o Rui Rio de estar “mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro”.
“Estamos a oito dias do fim do prazo de entrega de listas de deputados em Tribunal (dia 20 de dezembro), e a quase totalidade das distritais não têm qualquer conhecimento dos nomes escolhidos pela direção para encabeçarem cada lista, em cada círculo eleitoral”, acrescenta.
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