Catarina Martins esteve hoje na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e reuniu-se com investigadores a propósito das alterações climáticas, tendo no final sido questionada sobre os cenários de governabilidade no pós-eleições legislativas e, concretamente, sobre os desafios lançados ao PS de poder vir a viabilizar um governo do PSD caso este partido vença as eleições.
“Eu não falo pelo PS. Pelo Bloco de Esquerda posso dizer duas coisas. A primeira é que nunca haverá um Governo de direita se o Bloco de Esquerda o puder impedir”, começou por responder.
Em segundo lugar, continuou Catarina Martins, o seu partido “sempre foi claro sobre como se podem construir acordos de maioria”.
Questionada sobre a disponibilidade para um novo acordo à esquerda em caso de um resultado idêntico ao de 2015, a coordenadora do BE começou por dizer que não percebia “sequer porque é que se fala deste cenário”.
“Nós temos uma direita portuguesa que está sem perceber como é que se entende consigo própria e sem conseguir falar para o país. Estar a debater a direita eu julgo que é muito pouco interessante para o país”, defendeu.
Para Catarina Martins, “o que é preciso debater e o que está neste momento em jogo” é saber “que força é que há à esquerda para resgatar o SNS, para garantir que o salário mínimo não é a norma, como é que se respeita quem trabalhou toda uma vida”.
“O que interessa ao país é fazer uma discussão sobre qual é o peso da esquerda para que quem trabalhou toda uma vida tenha uma pensão digna”, enfatizou.
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