“A Turquia tem agora de escolher de que lado da história quer estar, se com a UE, a NATO, com os nossos valores (…) ou com Moscovo, Teerão, o Hamas e o Hezbollah. O momento de responder a esta pergunta é agora. A forma como a resposta é formulada é importante e deve ser inequívoca”, afirmou Schinas num discurso proferido na segunda edição da Conferência do Mediterrâneo Oriental e do Sudeste Europeu.
Schinas afirmou que a UE vê “razões para otimismo e esperança” e sublinhou que a Turquia é um “parceiro fundamental para a estabilidade na região”.
Mas não podemos ignorar as mensagens contraditórias que recebemos de Ancara, especialmente depois do terrível fim de semana”, afirmou Schinas, referindo-se ao último ataque em grande escala em Israel.
“A UE reconhece o direito de autodefesa de Israel”, afirmou Schinas, acrescentando que “não pode haver desculpas para o terror” e que “infelizmente, não se tem visto tanta clareza do lado turco”.
Durante o seu discurso, o Presidente da UE falou também da forma como a UE “amadureceu” nos últimos quatro anos, “com base em crises”, e considerou que este sucesso “não é suficientemente reconhecido”.
O presidente do Parlamento Europeu atribuiu este facto ao “pessimismo” dos meios de comunicação social de Bruxelas, que “muitas vezes”, afirmou, “insistem em apresentar uma imagem da União como um jogador que está “fora do jogo” e é “ignorado”.
Entre as principais realizações dos últimos anos, mencionou a resposta da UE à pandemia de covid-19 e a forma como os Estados-membros acolheram milhões de refugiados que fugiam da Ucrânia desde o início da guerra, graças à ativação, pela primeira vez, de uma diretiva que oferece proteção temporária.
O presidente do Parlamento Europeu destacou também a aquisição conjunta de armas pela UE e os pacotes de sanções contra a Rússia.
“É uma Europa madura, uma Europa de ação, não de análise ou de debates intermináveis”, considerou o vice-presidente da UE.
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