A confirmação da primeira morte por Ébola numa grande cidade (Butembo, no nordeste do país), na semana passada, alarmou as autoridades, que relataram à OMS três mortes e seis casos de contágio naquele núcleo urbano.
A Unicef anunciou a abertura de um centro de atendimento especializado no Ébola em Butembo, com um milhão de habitantes e grande atividade comercial, algo que pode catalisar a propagação do vírus.
A OMS considera que se fez um “bom progresso” na contenção da doença, mas que existem riscos associados à resistência da população em seguir as indicações das autoridades de saúde.
O último surto da estirpe Zaire – a mais mortal do vírus – foi declarado no dia 1 de agosto e afetou as províncias de Kivu do Norte e Ituri.
A atuação dos serviços de saúde nestas duas províncias tem sido afetada pela violência armada entre rebeldes.
O porta-voz da OMS em Genebra, Tarij Jasaveric, salientou que desde o início deste surto foram vacinadas 8.900 pessoas, entre as quais mais de 2.000 crianças.
As autoridades seguem mais de perto os familiares de doentes, que se podem contagiar ao não seguir os protocolos de proteção.
“É por isso que informar as comunidades é fundamental”, comentou Jasarevic.
Cerca de 1.700 pessoas estão sob vigilância diária para a deteção de sintomas precoces da febre hemorrágica do Ébola, depois de terem estado em contacto com contaminados.
O porta-voz acrescentou que foram reportados casos em zonas de conflito e de acesso limitado.
Para trabalhar nessas áreas, os especialistas têm tido o apoio das forças de paz das Nações Unidas, que permitiu aceder a todos os locais pretendidos, ainda que com alguma demora.
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