“Quando falamos sobre a Polícia de Segurança Pública, não podemos deixar de reconhecer que somos, antes de tudo, uma instituição formada por pessoas. Não são apenas distintivos e uniformes que nos definem, mas sim as mentes e corações que os vestem. Desde o pessoal administrativo e de apoio até aos bravos polícias que patrulham as nossas ruas, cada um desempenha um papel vital na missão que compartilhamos: defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos”, afirmou Luís Carrilho, no discurso da sua tomada de posse.
Numa cerimónia que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI) presidida pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o novo diretor nacional da PSP sublinhou que “é crucial lembrar” que os polícias “são a espinha dorsal” da instituição e “enfrentam desafios diários, muitas vezes colocando as suas vidas em risco para garantir a segurança de todos” e sustentou que é responsabilidade “garantir que tenham as condições necessárias para desempenhar as suas funções com eficácia, eficiência e segurança”.
“Comprometo-me, hoje, a priorizar o bem-estar de todos os nossos polícias. Isso significa não apenas trabalhar, no que estiver dentro da minha esfera de competências, para melhores condições socioprofissionais e financeiras, mas também assegurar o equipamento adequado e a formação de qualidade e, paralelamente, promover a criação de um ambiente de trabalho onde cada membro da PSP se sinta valorizado, respeitado e apoiado”, precisou Luís Carrilho.
O novo diretor da PSP apelou para “uma cultura de cuidado mútuo e solidariedade” para que se consiga “superar qualquer desafio”.
Luís Carrilho destacou também “o papel crucial” desempenhado pelo pessoal com funções não policiais, frisando que fazem “um esforço muitas vezes que passa despercebido, mas fundamental para o funcionamento eficiente” da polícia.
Luís Carrilho agradeceu ainda ao diretor nacional da PSP cessante, superintendente-chefe José Barros Correia, por tê-lo nomeado comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), função que hoje termina, “por todo o empenho e dedicação no cargo de diretor nacional e pela sua carreira, pelo brilhantismo e humanismo que trouxe”.
José Barros Correia, que estava no cargo de diretor nacional da PSP desde setembro de 2023, foi exonerado na segunda-feira pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que ainda não explicou os motivos desta exoneração.
O diretor nacional cessante esteve presente na cerimónia como civil uma vez que já está na pré-reforma.
A ministra justificou a aposta em Luís Carrilho como “o novo homem” para fazer uma “reestruturação profunda” na PSP
Luís Carrilho, que desempenhava funções de comandante da Unidade Especial de Polícia e com uma carreira internacional, nomeadamente das Nações Unidas, assume funções à frente da direção nacional da PSP numa altura em que decorrerem negociações entre o MAI e os sindicatos para a atribuição de um suplemento aos polícias.
Na semana passada o MAI apresentou uma proposta que desagradou aos sindicatos, estando prevista para a próxima semana mais uma reunião, mas as estruturas sindicais já ameaçaram abandonar as negociações caso o Governo não apresente uma nova proposta.
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