O anterior balanço deste acidente, o mais mortífero no Iraque nos últimos anos e que ocorre quando se celebra o novo ano persa (o Noruz), dava conta de 71 mortos.
Citado pela agência norte-americana Associated Press (AP), o funcionário falou sob a condição de anonimato, uma vez que não está autorizado a prestar declarações oficiais.
O incidente resultou da conjunção de dois fatores, a sobrelotação do ferry e o alto nível das águas, explicou à agência France Presse (AFP) um responsável pelos serviços de segurança em Mossul.
Entre as mais de 100 pessoas que estariam dentro do ferry estavam famílias, que atravessavam o rio Tigre para se dirigirem a parques onde tradicionalmente se fazem os piqueniques que assinalam o Noruz, dia feriado no Iraque, e o Dia da Mãe.
O primeiro-ministro, Adel Abdel Mahdi, anunciou o alerta de todos os serviços de saúde e a mobilização de todas as equipas disponíveis em Mossul para as buscas.
Pediu ainda “um relatório de inquérito em 24 horas para determinar as responsabilidades”.
A televisão iraquiana divulgou, entretanto, que um tribunal em Mossul deteve nove pessoas que trabalhavam na embarcação e emitiu um mandado de detenção visando o dono da ilha turística onde o ferry ia atracar.
Os acidentes deste tipo são raros no Iraque. O último naufrágio ocorreu em março de 2013, quando um barco restaurante foi ao fundo também no Tigre, mas junto à capital, Bagdad, causando cinco mortos.
(Notícia atualizada às 19h33)
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