“A situação europeia vai começar a parecer muito encorajadora dentro de alguns meses”, disse o economista norte-americano, em Lisboa, na conferência dos 20 anos do Jornal de Negócios.
O economista falava sobre a evolução da inflação nos Estados Unidos e na Europa, considerando que a última segue a tendência americana, com um desfasamento de cerca de seis meses.
Paul Krugman realçou que a economia europeia enfrentou um desafio maior do que a americana nos últimos meses devido à dependência de muitos países da energia russa.
O Nobel da Economia assinalou que os modelos económicos não são perfeitos e que os economistas têm falhado nas previsões de uma recessão.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, publicada hoje, Paul Krugman considerou que “Portugal é uma espécie de milagre económico”.
Contudo, alertou que “os riscos externos são grandes, porque Portugal tem estado muito bem, mas a Europa não está tão bem” e que nem sempre é “um defensor de défices”.
“É algo que se deve ter, se possível, quando há desemprego em grande escala e a economia precisa de estímulos, mas Portugal não precisa neste momento. Por outro lado, cria espaço orçamental para tempos futuros em que défices sejam de novo necessários”, disse.
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