
Este é o testemunho de Filipe Ressurreição:
O Santo Padre Francisco, ou apenas Francisco, como o próprio quer que se perpetue na sua lápide, foi o segundo Papa que pude ver pessoalmente — mas o único com quem troquei umas palavras e que cumprimentei.
Foi um momento inexplicável e que nunca irei esquecer por muitos anos que passem. O convite surgiu de forma completamente inesperada e apanhou-me de surpresa. Eu, por norma, não sou de me negar a nada e aquela seria uma oportunidade única: discursar para o Papa Francisco no encontro de voluntários no último dia da Jornada Mundial da Juventude.
Depois do impulso de ter aceitado, veio a dúvida e a insegurança: o que teria eu para dizer ao Santo Padre? Depois de muitas tentativas, decidi que, se me tinham escolhido pelo meu papel como chefe de equipa paroquial, então seria da minha paróquia e da forma como ela se preparou para aquele encontro.
Só depois de tudo ter acontecido percebi que a minha decisão, com a ajuda do Espírito Santo, tinha sido a mais acertada. No dia do encontro, depois de ter dirigido as minhas palavras ao Papa Francisco, aproximei-me dele. Abençoou-me, agradeceu-me o trabalho realizado como voluntário na JMJ de Lisboa e ofereceu-me um terço com o brasão do seu pontificado.
A morte de um Papa é sempre um momento de grande tristeza para toda a comunidade católica; a morte de Francisco é uma grande tristeza para todo o mundo. Confesso que me emocionei ao saber da notícia: o meu Pastor partiu. E embora a vida continue, o coração está de luto.
O Peregrino da Esperança, como foi aclamado na sua visita ao Santuário de Fátima em 2017; o Peregrino do Serviço, como o tema da JMJ de Lisboa nos desafiava, foi a personificação do afecto num século de guerras, de grandes mudanças sociais e tecnológicas, entre tantas outras coisas.
O dia 21 de abril de 2025 foi um dia triste para todos os nós, mas o Céu festejou. E tenho a certeza de que no dia 6 de agosto de 2023 eu cumprimentei um Santo!
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