Os 85 mil visitantes registados em 2017 representam ainda o "dobro" dos contabilizados em 2015, segundo dados divulgados na página na Internet da fundação Gil Eannes e hoje consultados pela agência Lusa.
Os números, que "têm como referência as visitas efetivamente pagas", foram divulgados em assembleia de fundadores, no passado dia 28 de dezembro, que aprovou ainda, por unanimidade, o plano de atividades para 2018.
"O plano para 2018 reflete o crescimento que se está a conseguir alcançar, fruto dos elevados investimentos que se têm permanentemente realizado, em várias áreas, com forte incidência na manutenção e na recuperação de alguns dos espaços do navio", lê-se na nota publicada na página oficial da fundação Gil Eannes.
O navio foi construído em 1955 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). No dia 31 de janeiro completam-se 20 anos desde que foi resgatado da sucata e transformado em museu.
O programa comemorativo inclui a inauguração da exposição "Navios construídos em Viana do Castelo para a pesca do bacalhau".
Já em fevereiro, no dia 03, será lançado o livro "Os navios da pesca à linha" do canadiano Jean Pierre Andrieux, "o proprietário do maior espólio fotográfico mundial sobre navios e pescadores portugueses nos mares da Terra Nova e Gronelândia".
Ainda em fevereiro será aberta ao público a mostra "Uma viagem no tempo", constituída "por dezenas de peças originais dos antigos lugres veleiros e arrastões bacalhoeiros, pertença do antigo pescador Manuel Bola e, outras, propriedade do próprio museu".
A mostra integra "um catálogo detalhado e minucioso com a explicação das características de cada uma das peças e sua função como equipamento, instrumento ou palamenta do navio, num levantamento efetuado pelo capitão João David Marques".
A fundação vai ainda editar dois livros. "A pesca do bacalhau - história, gentes e navios" do capitão João David Marques. A obra é constituída por três volumes, com cerca de 900 páginas.
O livro "Atlas das Embarcações Tradicionais Portuguesas", de Carlos Carvalho será a segunda obra a lançar pela fundação. Os dois volumes e as cerca de 600 páginas incluem "centenas de maquetas e plantas realizadas ao pormenor e a três dimensões".
A itinerância, pelas escolas do concelho, da exposição "Heróis que o tempo não apaga - um dia a bordo de um lugre bacalhoeiro" é outra das apostas da fundação Gil Eannes.
Em setembro de 2017, o navio-museu foi classificado pelo Tripadvisor, o maior ‘site’ de viagem do mundo, como um dos dez melhores Museus de Portugal tendo ficado em sétimo lugar nos Travelers' Choice Awards em 2017.
O antigo navio hospital foi construído para apoiar a frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova e Gronelândia.
Também foi navio capitania, navio correio, navio rebocador, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
As visitas ao navio museu consistem na passagem pela ponte de comando, cozinhas, padaria ou pela casa das máquinas, mas também pelo consultório médico, sala de tratamentos, gabinetes de radiologia e bloco operatório.
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