“É perigoso subestimar a Rússia”, disse Stoltenberg na primeira intervenção do ano, na Conferência Anual da Confederação Norueguesa de Empreendedorismo, em Oslo.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte acrescentou que desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os Estados-membros da NATO aumentaram o investimento na área da defesa, mas não foi suficiente.
“Precisamos de investir ainda mais na defesa. Esta é a mensagem da NATO há muito tempo. Já me ouviram dizê-lo imensas vezes. Agora acho que todos conseguimos perceber porque é que precisamos de uma defesa mais poderosa. Com militares em maior prontidão, equipamento moderno e soldados bem preparados”, completou.
Se Vladimir Putin vencer a guerra na Ucrânia, alertou Jens Stoltenberg, “vai ser uma tragédia para os ucranianos, mas também será perigoso” para os países que integram a aliança.
“A mensagem [que a NATO transmitirá] para ele [Putin] e para outros regimes autoritários é de que a utilização da força militar vai levá-los ao que quiserem. Isso vai fazer com que sejamos mais vulneráveis”, comentou.
E o que Kiev puder “alcançar na mesa das negociações depende da força que tiverem no campo de batalha”, apontou.
“Por isso, se quisermos negociar uma solução pacífica, onde a Ucrânia sobrevive enquanto um país democrático e independente na Europa, a maneira mais rápida de o conseguir é apoiando [militarmente] a Ucrânia. As armas são, de facto, o caminho para a paz”, sustentou.
E, “independentemente da maneira como acabar esta guerra”, os países “têm de aceitar que a situação de segurança na Europa alterou-se permanentemente”, recomendou.
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