O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, apelou a Joe Biden que se demitisse do cargo, pouco depois de ter sido anunciado que não se candidataria à reeleição.
“Se Joe Biden não está apto a candidatar-se a presidente, não está apto a exercer o cargo de presidente. Ele deve renunciar ao cargo imediatamente. O dia 5 de novembro não pode chegar suficientemente cedo”, afirmou Johnson, republicano, numa declaração publicada na rede social X.
Uma publicação na rede Truth Social mostra também a opinião de Donald Trump. "O corrupto Joe Biden não estava apto a candidatar-se a presidente, e certamente não está apto a servir - e nunca esteve! Ele só alcançou a posição de presidente através de mentiras, fake news", refere.
"Todos os que o rodeavam, incluindo o seu médico e os meios de comunicação social, sabiam que ele não era capaz de ser presidente", frisou ainda. "E agora vejam o que fez ao nosso país, com milhões de pessoas a atravessar a nossa fronteira, sem qualquer controlo e sem serem avaliadas, muitas delas vindas de prisões e de instituições psiquiátricas, e um número recorde de terroristas".
Já o secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, que também se candidatou à presidência em 2020, elogiou o presidente Joe Biden como “um dos melhores e mais consequentes presidentes da história americana”.
“Estou muito orgulhoso de servir sob a sua liderança e grato pelo seu foco inabalável no que é melhor para o nosso país”, disse.
Ron Klain, que foi o primeiro chefe de gabinete de Joe Biden na Casa Branca, escreveu que "é altura de acabar com os jogos de fantasia política e unirmo-nos atrás do único veterano de uma campanha nacional — a nossa excelente vice-presidente KamalaHarris! Vamos ser realistas e ganhar em novembro!".
O líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, agradeceu a Joe Biden pelos serviços prestados.
"O presidente Joe Biden é um dos líderes mais bem sucedidos e consequentes da história americana. Em menos de um mandato, salvou a nação de uma pandemia que só se verificou uma vez no século, trouxe a economia de volta da beira da recessão, promulgou legislação consequente para os americanos comuns e salvou a nossa democracia ao derrotar o Insurreccionista-Chefe. A América é hoje um lugar melhor porque o presidente Joe Biden nos conduziu com intelecto, graça e dignidade. Estamos-lhe eternamente gratos", referiu.
O ex-presidente norte-americano Barack Obama defendeu hoje que Joe Biden mostrou "amor pelo país" ao abandonar a corrida presidencial, num elogio público sem expressar apoio a que a vice-presidente Kamala Harris seja candidata pelo Partido Democrata.
"Joe Biden tem sido um dos presidentes mais consequentes dos Estados Unidos, bem como um querido amigo e parceiro para mim. Hoje, também nos recordarmos — mais uma vez — que ele é um patriota da mais alta ordem", refere Obama numa nota hoje divulgada.
"Sei que o Joe nunca desistiu de uma luta. Para ele olhar para o cenário político e decidir que deve passar o testemunho a um novo candidato é certamente das maiores adversidades da sua vida. Mas eu sei que ele não tomaria essa decisão se não acreditasse que fosse o melhor para a América. É um testemunho do amor de Joe Biden pelo país — e um exemplo histórico de um verdadeiro servidor público que, mais uma vez, coloca os interesses do povo americano acima dos seus próprios interesses", adianta.
O candidato independente à presidência dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, elogiou Joe Biden por ter desistido da corrida à reeleição e criticou o Partido Democrata por ter ocultado a “degeneração” do presidente, de 81 anos.
“Felicito o Presidente Biden por se ter demitido. As suas fraquezas eram óbvias desde o início para qualquer observador de bom senso”, escreveu nas redes sociais.
Foi essa “deterioração progressiva e o seu abandono dos princípios do Partido Democrata” que, segundo F. Kennedy Jr., o levou a entrar na corrida e a garantir que os eleitores norte-americanos “tivessem uma alternativa viável e vigorosa” ao candidato republicano, Donald Trump.
Na rede X, o candidato apelidou a reação dos democratas como uma tentativa de esconder do povo “a degeneração” de Biden "e de retirar fundos à democracia para o forçar a tornar-se o candidato do seu partido”.
Na sua mensagem de demissão, o Presidente democrata pediu votos para a sua “número dois”, Kamala Harris, que agradeceu o seu apoio e confirmou que será candidata.
Kennedy Jr. advertiu que “muitos americanos temem que as mesmas elites do Comité Nacional Democrata estejam prestes a manipular novamente o processo de nomeação para conseguir uma vice-presidente monumentalmente impopular” para ocupar o lugar de Biden.
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