Na abertura do Conselho Nacional do PSD, Luís Montenegro disse compreender quem se sente “frustrado, dececionado, defraudado” com o primeiro ano da maioria socialista, mas defendeu que só um partido irresponsável pediria um terceiro ato eleitoral em três anos.
“Dr. António Costa, esta é a sua hora, é hora de mostrar o que vale, não é hora de arranjinhos no parlamento com PCP e BE, não é hora de ir atrás de uma maioria absoluta que já tem, é hora de dizer que ainda é merecedor da tarefa que o povo lhe atribuiu e que ainda está a tempo de recomeçar a sua governação”, apelou.
No entanto, acrescentou, se “não estiver à altura da sua hora, o país terá mecanismos para poder atalhar caminhos”, defendendo que o PSD está “sempre preparado para eleições” e o líder do PSD “para ser primeiro-ministro”.
“No dia em que concluirmos que o Governo não tem condições para prosseguir, não vamos a correr ver quem chega primeiro, não vamos com manobras de diversão. Vamos ao senhor Presidente da República dizer por mais A mais B porque é que a realidade política e económica do país reclama a interrupção da legislatura”, afirmou.
Nessa altura, admitiu, o PSD até poderá apresentar uma moção de censura, “mas com consequências, porque queremos que o Governo caia”.
“Se queremos que haja um processo eleitoral, quem pode convocar? O Presidente da República”, afirmou, salientando que num quadro de maioria absoluta “não é no parlamento que este Governo vai cair”.
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