À saída de uma missa pelo 42.º aniversário da morte de Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e acompanhantes na queda do avião em que seguiam, Luís Montenegro foi questionado pelos jornalistas sobre a decisão tomada pelo Governo na sexta-feira de reduzir o desconto no ISP este mês devido à queda dos preços.
“Desde que se iniciou esta espiral de aumento do preço dos combustíveis que relembrámos que o Governo do PS uma das primeiras medidas que tomou quando iniciou funções há sete anos foi aumentar o ISP”, criticou em declarações proferidas à saída da Basílica da Estrela.
Para o líder do PSD, esta é “uma medida injusta, uma medida que atinge todos por igual, uma medida que atinge não só o cidadão comum como a própria dinâmica empresarial da economia”.
“Ao longo do último ano, o que tem acontecido é que os sucessivos aumentos do ISP têm um duplo efeito fiscal: é esse imposto que sobe e é o IVA que sobe sobre o preço que inclui esse imposto”, referiu.
O PSD, de acordo com o seu líder, teve “ocasião muitas vezes de instar o Governo a tomar medidas no sentido de diminuir o ISP” e de “propor a diminuição do IVA dos combustíveis como da energia”.
“Infelizmente o caminho do Governo tem sido sempre este e tal como dizia há pouco, Francisco Sá Carneiro, quando definiu a matriz social-democrata do PSD tinha como grande finalidade que o Estado servisse os cidadãos e que o Estado desse aos cidadãos mais do que lhes pede. Ora, é exatamente o contrário do que faz hoje o PS”, comparou.
Na análise de Montenegro, o PS “tira aos cidadãos a maior parte da riqueza que eles criam, tira às empresas a maior parte da riqueza que elas criam e oferece em contrapartida o abandono pelos serviços públicos essenciais, como hoje infelizmente os portugueses sentem na saúde, na educação, no acesso à cultura, ao desporto”.
Os jornalistas questionaram ainda o presidente do PSD sobre o processo da eutanásia, e o líder do PSD garantiu que esta semana falará sobre o tema.
Questionado sobre o facto de ter chegado a defender o referendo, Montenegro disse apenas que não é de “mudar de convicções”, mas nada mais adiantou.
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