Luís Montenegro centrou o arranque da primeira intervenção perante o 41.º Congresso em ataques aos candidatos à liderança do PS, em especial a Pedro Nuno Santos, recordando alguns dos episódios que envolveram o dirigente socialista e antigo ministros das Infraestruturas.
Montenegro apelou aos portugueses que “acreditam que a dívida tem de se pagar”, que acreditam que a TAP pode ser gerida por privados sem ser “sorvedouro de dinheiros públicos” e também aos que acreditam que a localização do novo aeroporto não pode ser decidida “por capricho”.
“Não pode ser decidida por uma pessoa que acorda uma manhã e disse: espelho, espelho meu, quem é que decide um aeroporto mais rápido do que eu”, ironizou.
O líder do PSD apelou ainda aos que se “indignam por ver mentir governantes” no caso da indemnização à gestora da TAP Alexandra Reis, que Pedro Nuno Santos admitiu mais tarde ter avalizado por SMS.
“Aos portugueses que não se reveem num partido gerido assim, quero dizer que, mesmo que acreditem em tese no PS, têm no PSD moderado, aberto, humilde, o porto de abrigo, o porto seguro do seu voto”, apelou.
E acrescentou: “Este PSD é uma casa segura para os não socialistas, mas é também uma casa segura para os que não se reveem neste novo gonçalvismo travestido de geringonça”.
“Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo, Deus nos livre de ter imaturidade à frente do Governo, uma nova geringonça para levar Portugal ainda mais para a cauda da Europa”, disse.
Montenegro frisou que o PSD que lidera “não é extremista, não é rápida, não é ultraliberal”.
“Este PSD, mais do que ser de esquerda ou de direita, é das pessoas e paras pessoas” afirmou, recebendo palmas de pé.
Na sua intervenção, o presidente do PSD fez apenas uma breve referência ao Chega, mas sempre com a tónica nas críticas ao PS.
“Dizem eles que sou eu que vou abrir a porta ao extremismo e radicalismo. Não, não sou eu que vai abrir essa porta, foram eles que o fizeram e não fizeram outra coisa nos últimos oito anos”, disse.
Montenegro considerou que os portugueses já estão “cada vez mais esclarecidos” sobre a relação quer do PSD quer do PS com o Chega.
“Cada vez mais sabem que o romance entre o PS e o Chega segue aquela máxima: quanto mais se batem mais gostam um do outro”, criticou.
Comentários