"É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos filária, e vai haver diarreias. O trabalho está a ser feito para mitigar" os surtos, destacou hoje em conferência de imprensa no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da Beira.
As águas estagnadas que inundam toda a região deverá potenciar a propagação de doenças numa altura em que escasseia a água potável e há 109.000 pessoas deslocadas e albergadas em condições sanitárias deficientes nos centros de acolhimento temporários.
"A prioridade nas próximas semanas é evitar a eclosão de doenças", referiu Celso Correia.
A estratégia inclui a instalação de centros de tratamento - habitualmente instalados em zonas de surto para conter e tratar doentes - e distribuição de equipas médicas por todo o território afetado.
"Ontem já conseguimos distribuir médicos e unidades para fazer vigilância" em vários locais, beneficiando da melhoria das condições meteorológicas e da descida das águas.
O mais recente balanço do ciclone Idai feito pelas autoridades moçambicanas, apresentando hoje, aponta para 446 vítimas mortais.
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