Em mensagens na rede social X, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, disse que o seu partido "dissolveria o governo" se o plano avançar, enquanto o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que se negaria a "fazer parte de um governo que aceite o esquema proposto" no plano de cessar-fogo para Gaza.
Na sexta-feira, o presidente norte-americano anunciou um novo plano em três fases, por proposta israelita, para uma trégua na Faixa de Gaza e libertação dos reféns em posse do Hamas.
A primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos mortais dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no território palestiniano todos os dias.
A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.
“Enquanto o Hamas cumprir os seus compromissos, o cessar-fogo temporário tornar-se-ia, nos termos da proposta israelita, ‘na cessação permanente das hostilidades’”, observou Biden.
Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.
Israel insistiu hoje que as condições para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns detidos, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita.
O Hamas disse, por seu lado, encarar positivamente a proposta e estar disposto a lidar "de forma construtiva" com qualquer plano que inclua como requisitos “um cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros”.
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