Para Yoav Gallant, dar este passo em relação ao norte do país, na fronteira com o Líbano, onde também têm sido trocados ataques de artilharia com o movimento xiita Hezbollah, “não reduzirá em nada” o seu compromisso “com a eliminação do Hamas e o regresso dos reféns” que estão na Faixa de Gaza.
“Para atingir este objetivo, devemos expandir os objetivos da guerra e incluir o regresso seguro dos residentes. Assim que formularmos esta proposta, irei levá-la ao primeiro-ministro”, frisou o ministro da Defesa após uma reunião estratégica em que também participou o chefe do Exército, Herzl Halevi.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou a ofensiva israelita, que prossegue na Faixa de Gaza desde outubro, com três objetivos: acabar com as capacidades governamentais e militares do Hamas, o regresso dos reféns e garantir que Gaza não volte a ser uma ameaça para Israel.
Por outro lado, Gallant sublinhou que as conquistas do Exército nos últimos meses permitiram o regresso da maioria dos residentes das comunidades do sul, de onde foram retirados após os ataques do Hamas de 07 de outubro.
“Neste momento estamos também em guerra contra forças adicionais: estamos a lutar contra o Irão, o Hezbollah e os Huthis”, acrescentou o responsável da Defesa.
As hostilidades na fronteira entre Israel e o Líbano começaram em 08 de outubro, um dia após o início da guerra em Gaza e em solidariedade entre o Hezbollah e as milícias islamitas palestinianas no enclave.
A troca de ofensivas já se intensificou a um ponto em que se teme um conflito regional alargado.
Esta troca de tiros diária obrigou o Estado judaico a retirar cerca de 60 mil residentes das comunidades junto à fronteira, enquanto outros 20 mil o fizeram voluntariamente.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente, de acordo com dados das autoridades de saúde do enclave, controlado pelo movimento islamita palestiniano.
A partir de 07 de outubro, a violência também se intensificou na Cisjordânia, território palestiniano desde 1967 ocupado por Israel.
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