“As indicações de que disponho apontam para uma questão de criminalidade comum. O nosso concidadão, que era proprietário de uma padaria em Los Teques, terá sido intercetado na rua por homens armados que o forçaram a regressar a casa onde o roubaram e acabaram por assassinar”, disse Augusto Santos Silva.
O governante, que falava aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do V Congresso Literacia, Media e Cidadania, em Aveiro, esclareceu que não se tratou de “um evento relacionado com os factos políticos e as manifestações e repressões que estão a ocorrer”.
“Foi um sequestro, dos que infelizmente há muitos, seguido de roubo e, neste caso, também de assassinato”, afirmou.
Quanto à situação que se vive na Venezuela, o ministro defendeu que a única alternativa a uma intervenção militar externa ou uma confrontação civil é “um processo político que permite que o povo venezuelano recupere a sua capacidade de decidir, escolher, seja quem for”.
Augusto Santos Silva vai representar o governo português na reunião do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela, na Costa Rica, na segunda e terça-feira, onde será analisada uma proposta para a organização de eleições naquele país.
“Do ponto de vista político, infelizmente os progressos têm sido muito poucos, mas nós examinaremos uma proposta concreta a propor às partes na Venezuela para organização de eleições que, do nosso ponto de vista, podem ser organizadas a breve prazo, de forma a que sejam credíveis e que sejam inclusivas”, explicou.
Além de Portugal, integram esse grupo outros sete países europeus – Espanha, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, França e Suécia -, além da União Europeia, e quatro países latino-americanos, Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia.
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