“Mário Centeno é um bom amigo e eu gostei de trabalhar com ele. Ele fez um trabalho notável enquanto ministro das Finanças de Portugal e enquanto presidente do Eurogrupo. Desempenhou um papel significativo na luta da UE contra a pandemia do coronavírus”, escreveu Scholz na sua conta na rede social Twitter.
Na sua mensagem de reação ao anúncio de Centeno de que não concorrerá a um novo mandato à frente do Eurogrupo, dado estar de saída do Governo português, Scholz deixa votos de “sucesso para o futuro” e despede-se, em Português, com um “até à vista”.
Desde o anúncio, hoje ao início da tarde, da saída de Mário Centeno dos cargos de ministro das Finanças [já na próxima segunda-feira] e de presidente do Eurogrupo [em 13 de julho, quando expira o seu mandato], têm-se sucedido as reações elogiosas na Europa.
Entre outros, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, os comissários Valdis Dombrovskis (vice-presidente executivo) e Paolo Gentiloni (Economia), e a ministra das Finanças espanhola, Nadia Calviño – apontada como uma das grandes favoritas à sucessão – saudaram o trabalho de Centeno no Eurogrupo, a que presidiu desde janeiro de 2018.
Ao anunciar hoje que não concorrerá a um segundo mandato, Centeno esclareceu que vai cumprir o atual até ao final (13 de julho) e dirigirá ainda a eleição para encontrar o seu sucessor, em 09 de julho.
Eleito em 04 de dezembro de 2017 para a presidência do Eurogrupo, por um período de dois anos e meio, Centeno despedir-se-á assim do cargo em julho, tornando-se o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro a cumprir apenas um mandato.
Centeno foi o terceiro presidente do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).
O seu mandato termina num contexto de crise económica, na Europa e em todo o globo, causada pelo “Grande Confinamento” motivado pela pandemia da covid-19.
Sob a liderança de Centeno, o Eurogrupo acordou algumas das componentes da resposta europeia à crise da covid-19, designadamente as “redes de segurança” para Estados, empresas e trabalhadores num montante total de 540 mil milhões de euros, o que fica como um dos ‘legados’ do ministro português enquanto presidente do Eurogrupo, tal como têm salientado homólogos e líderes das instituições.
O Presidente da República aceitou hoje a exoneração de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças, proposta pelo primeiro-ministro, e a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento.
Comentários