Christine Lambrecht fez o apelo momentos antes da sua viagem à Lituânia onde vai visitar unidades militares presentes neste país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO na sigla em inglês).
Os responsáveis por qualquer agressão devem arcar com “consequências pessoais”, disse Lambrecht ao semanário alemão Bild am Sonntag.
“Devemos esgotar todas as possibilidades de sanções diplomáticas e económicas”, continuou a social-democrata nomeada este mês ministro da Defesa da nova coligação no poder na Alemanha.
“Cada passo adicional deve ser dado de acordo com nossos aliados”, frisou.
Lambrecht vai encontrar-se com seu homólogo Arvydas Anusauskas para discutir a situação de segurança, bem como as relações bilaterais, disse o Ministério da Defesa da Lituânia.
Cerca de 550 soldados alemães estão posicionados na base militar de Rukla, na Lituânia, e a Alemanha está a liderar as forças multinacionais no terreno.
Unidades militares semelhantes foram enviadas a outros estados bálticos e à Polónia em 2017 para dissuadir os russos de uma possível agressão após a anexação da Crimeia por Moscovo, três anos antes, o que também ajudou os separatistas a capturar partes do leste da Ucrânia.
Depois de reunir cerca de 100.000 soldados perto da Ucrânia, a Rússia fez na semana passada propostas para conter o papel dos Estados Unidos e da NATO na ex-União Soviética e no Leste Europeu, pedindo negociações de emergência com Washington.
Moscovo exige que a Aliança Atlântica não dê as boas-vindas a novos membros e não estabeleça bases nas ex-repúblicas soviéticas. O Ocidente ameaçou a Rússia com pesadas sanções se os seus soldados entrassem na Ucrânia.
Na quinta-feira, a Nato e uma cúpula da União Europeia alertaram Moscovo contra “pesadas consequências” no caso de intervenção militar, após rejeitar a vontade da Rússia de vetar a possível adesão de Kiev à Aliança.
A cúpula europeia prorrogou por seis meses as sanções económicas impostas à Rússia após a anexação da Crimeia em 2014.
Sobre as novas sanções previstas, nenhum detalhe foi comunicado.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, estimou que a situação da segurança regional era “provavelmente (….) a mais perigosa em trinta anos”.
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