“O que nós encontrámos aqui foi que o Ministério não existia realmente”, as políticas públicas estavam “ desmontadas e paradas”, prejudicando “o legado da cultura brasileira”, afirmou a governante, em entrevista à Lusa, antes de embarcar para Portugal, acompanhando a comitiva do Presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva.
As autoridades brasileiras estimam que o setor da cultura empregue sete milhões de pessoas, mas no mandato de Jair Bolsonaro foram feitos cortes muito grandes dos subsídios, o Ministério da Cultura foi despromovido a Secretaria de Estado sob a tutela do Turismo e, por diversas vezes, os governantes criticaram os artistas e os produtores culturais.
“A parada das políticas públicas para a cultura foi muito grave” e “estamos trabalhando para retomar o tempo perdido e colocar em prática também políticas novas que venham abraçar o audiovisual, porque nesse momento floresce, de uma maneira muito forte, especialmente com a Juventude e também as mídias sociais.”, afirmou a ministra, que irá hoje reunir-se com o seu homólogo português e terá encontros com operadores em Portugal.
“Será uma retomada, principalmente dessa relação mais próxima, especialmente da questão cultural, que é uma coisa que faz parte também da nossa formação, da nossa expressão cultural também é influência da cultura portuguesa”, afirmou a governante, que se mostrou satisfeita com a abertura de Portugal ao novo Governo brasileiro.
Trata-se de um “momento de alegria retomar esse intercâmbio” comentou.
Brasil e Portugal vão retomar projetos de cooperação entre os dois países na “área do audiovisual e cinema”, procurando atrair “novos autores” e criar “projetos que atraiam as novas gerações” de consumidores, disse ainda, não querendo especificar quais as medidas em concreto que irá discutir com o seu homólogo.
Acompanhado de vários ministros, o Presidente brasileiro chegou a Lisboa hoje para uma visita de Estado de cinco dias em Portugal, onde fechará pelo menos 13 acordos bilaterais na cimeira luso-brasileira, que deveria ser anual, mas que será a primeira em sete anos.
Comentários