Segundo a acusação publicada hoje na página online do Ministério Público de Leiria, os suspeitos estão acusados da prática, em coautoria, de 256 crimes de quebra de marcas e de selos, 256 crimes de falsificação de notação técnica, um crime de burla qualificada, na forma continuada, e um crime de associação criminosa. A um dos arguidos foi ainda imputado um crime de branqueamento de capitais.
Na acusação é referido que "cinco dos arguidos, de acordo com um plano previamente delineado entre eles, no período compreendido entre agosto de 2012 e outubro de 2013, dirigiram-se a empresas e a residências particulares, situadas essencialmente na zona centro do país, e ali quebraram os selos colocados nos contadores pelos funcionários da EDP".
Posteriormente, "procederam à violação dos referidos contadores, alterando o registo de quilovátios consumidos por hora (kwh), de forma a verificar-se uma diminuição da contagem de quantidade de energia consumida, com a consequente redução de custos para aqueles consumidores".
Segundo o MP, os suspeitos receberam como contrapartidas quantias entre os 100 e os 60 mil euros de cada um dos consumidores beneficiados.
"Os demais sete arguidos tinham como função angariar consumidores que demonstrassem interesse na adulteração dos seus contadores", refere ainda o despacho.
Para o MP, ao atuarem esta forma, "os arguidos, bem como os mencionados consumidores, obtiveram benefícios de natureza patrimonial, e causaram à EDP um prejuízo patrimonial que ascende a milhares de euros".
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