Segundo informação enviada pelo partido às redações, na sequência da proposta de André Ventura, a Mesa Nacional decidiu que “todos os militantes regularmente inscritos” poderão votar na moção de confiança que será discutida este fim de semana na Batalha, distrito de Leiria.
“O previsto Conselho Nacional torna-se assim, plenamente, a primeira Assembleia Plenária da história do Chega e tem como objetivo não deixar no ar qualquer dúvida acerca da legitimidade do caminho que tem sido seguido pelo Presidente do Partido, André Ventura”, refere o mesmo comunicado, que garante que em caso de chumbo será aberto de imediato um “processo eleitoral interno e a marcação de eleições diretas nacionais”.
Quando foi convocado este Conselho Nacional extraordinário para “discutir, avaliar e votar a moção de confiança proposta pelo presidente”, tinha sido decidido que iria ser aberto a “todos os militantes” que quisessem participar, mas segundo transmitiu então à Lusa fonte oficial do partido apenas poderiam votar os dirigentes que já integram o Conselho Nacional.
De acordo com o programa enviado, da parte da manhã de hoje haverá, entre outros pontos de agenda, a “apresentação, pelo presidente do partido, da moção de confiança à sua liderança”, havendo depois o período de intervenções até ao final do dia.
No domingo prosseguem as intervenções de manhã, decorrendo as votações à tarde, estando previsto para as 18:30 o anúncio dos resultados e discurso de encerramento de Ventura.
Esta moção de confiança foi anunciada pelo presidente do partido em finais de agosto por considerar então ser evidente que havia no Chega “uma fação”, que dizia ser minoritária, que contestava a atual direção.
Ventura disse então que não era “imune” aos “casos” das últimas semanas e que “talvez essa fação, como o episódio que ocorreu protagonizado pelo professor Gabriel Mithá Ribeiro”, fosse “efetivamente uma questão”.
O deputado do Chega eleito por Leiria, Gabriel Mithá Ribeiro, demitiu-se nessa altura do cargo de vice-presidente do partido, tendo então anunciado que iria iniciar negociações com André Ventura.
Poucos dias depois, André Ventura e Gabriel Mithá Ribeiro surgiram juntos num vídeo, gravado no parlamento, para mostrar que as divergências tinham sido ultrapassadas e que o grupo parlamentar estava unido.
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