O executivo italiano informou que os 182 migrantes que desembarcaram na terça-feira no porto de Messina, na ilha da Sicília (sul de Itália), irão para a Alemanha (50 pessoas), França (50 pessoas), Portugal (20 pessoas), Irlanda (duas pessoas) e Luxemburgo (duas pessoas).
Os restantes 58 migrantes vão ficar em Itália em “estruturas da Conferência Episcopal italiana, sem encargos para o Estado”, referiu um comunicado do Governo italiano, citado pelas agências internacionais, lembrando que esta fórmula de acolhimento de migrantes já tinha sido utilizada no passado pelo país.
O Governo liderado por Giuseppe Conte precisou ainda que as autoridades locais estão a identificar as 182 pessoas resgatadas para que estas sejam posteriormente distribuídas pelos países que aceitaram o acolhimento.
O navio “Ocean Viking” rumou, entretanto, para Marselha (França) para substituição de tripulação e para efetuar “alguns preparativos para enfrentar as baixas temperaturas”, explicou a MSF nas redes sociais, acrescentando que a embarcação seguirá novamente para o Mediterrâneo Central (a rota migratória que sai da Argélia, Tunísia ou Líbia em direção à Itália e a Malta).
Os migrantes socorridos pelo “Ocean Viking” obtiveram autorização para desembarcar no porto de Messina após os ministros do Interior de Malta, Itália, França e Alemanha terem alcançado na segunda-feira em La Valetta um pré-acordo para uma distribuição automática dos migrantes resgatados no Mediterrâneo Central.
O documento em questão será debatido pelos restantes parceiros comunitários no Luxemburgo numa reunião agendada para 08 de outubro.
O objetivo é que o maior número possível de países europeus integre este acordo, que pretende acabar com os processos negociais e diplomáticos difíceis - com as conversações caso a caso - que têm estado associados aos migrantes resgatados ao largo da Líbia, a grande parte socorridos por embarcações de ONG.
Portugal tem sido um dos países da UE que tem participado ativamente em todos os processos de acolhimento.
O porto de Messina não recebia migrantes desde que o anterior Governo italiano, que contava então nas suas fileiras com Matteo Salvini como ministro do Interior, decidiu aplicar uma política de “portos fechados”.
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