O governo indiano enviou uma equipa médica formada por especialistas do Instituto Nacional de Virologia, do Centro Nacional de Controlo de Doenças e do Instituto Indiano de Ciências Médicas até Eluru, estado de Andhra Pradesh, para investigar esta doença que apareceu no último sábado, causando convulsões, náuseas e dores crónicas.
Ao todo, 555 pessoas foram admitidas em hospitais desde sábado, incluindo 80 hoje, segundo fontes hospitalares, e enquanto a maioria dos pacientes conseguiu voltar para casa, um homem de 45 anos morreu no domingo.
Amostras de sangue colhidas em 10 pessoas mostraram níveis elevados de chumbo e níquel, segundo o diretor do hospital de Eluru, A.V. Mohan.
As autoridades do estado de Andhra Pradesh ordenaram uma investigação sobre a origem dos metais pesados nos corpos dos pacientes, mas segundo Mohan, as amostras são muito poucas para dizer com certeza que o chumbo e o níquel causaram a doença, que se espalhou numa cidade de 200 mil pessoas.
A água e bebidas lácteas foram testadas e os peritos também recolheram amostras de arroz e óleo de cozinha, bem como de urina para análise.
Alguns funcionários locais levantaram a hipótese de a misteriosa doença estar associada aos aditivos químicos dos pesticidas.
"Algumas pessoas pensam que é histeria em massa, mas não é", disse A.S. Ram, médico chefe do hospital de Eluru, assegurando que a maioria das pessoas hospitalizadas tinha mostrado sintomas reais.
"A maioria dos doentes chega com ferimentos ligeiros na cabeça ou um olho negro depois de desmaiar subitamente. Mas numa ou duas horas, a maioria deles melhora", disse.
"No entanto, somos incapazes de diagnosticar o que está a causar estes sintomas", acrescentou.
Paralelamente, a Índia, confrontada com a pandemia covid-19, ocupa o segundo lugar no mundo em número de contaminações, com quase 10 milhões de casos.
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