Esta paralisação, que se estende até quarta-feira, e a greve ao trabalho extraordinário, em vigor desde sábado por tempo indeterminado, foram convocadas pelo Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM), que afirma não se estar a registar uma “evolução significativa” nas negociações com a Soflusa.
Em causa está o aumento do prémio de chefia, em cerca de 60 euros, um acordo celebrado em 31 de maio com a administração, mas que os mestres dizem ter sido, entretanto, “suspenso”.
Por outro lado, em 21 de junho, a Soflusa garantiu que estão a decorrer as negociações com os sindicatos e que irá dar “total cumprimento” ao acordo estabelecido com os profissionais.
Esta decisão de aumentar o prémio dos mestres levou a que sindicatos, de outras categorias profissionais na empresa, também avançassem com plenários e pré-avisos de greve, alegando que a subida causaria uma “desarmonia salarial”.
Na sexta-feira à noite a empresa ativou um plano de contingência para assegurar o transporte dos passageiros da ligação fluvial, entre o Barreiro e Lisboa, de forma alternativa, explicando que a última ligação ocorreu às 23:30 devido à falta de mestre.
“Com o objetivo de minimizar o impacto da suspensão desta ligação fluvial, a partir das 23:30 (de sexta-feira), encontra-se ativo o plano de contingência para o início da madrugada de sábado”, refere a empresa numa mensagem na sua página oficial.
O plano de contingência consiste na realização de carreiras extra entre o Cais de Sodré e o Seixal, às 00:15, 01:15 e 02:15, sendo depois efetuada a ligação entre o terminal do Seixal e o terminal do Barreiro através de táxi.
Em 17 de junho, na véspera de uma greve marcada pelo Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ), foi anunciado que esta seria suspensa na sequência da subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicatos, com o STFCMM a ser o único que não assinou.
Já desde 18 de junho que os mestres estavam a recusar o trabalho extraordinário, mas, no sábado, entraram em greve, que se prolonga até 31 de dezembro, o que está a causar perturbação nas ligações fluviais porque, segundo a empresa, “a regularidade do serviço só pode ser assegurada com recurso à prestação de trabalho suplementar pelos mestres”.
Para quinta-feira está marcada uma reunião entre a administração e o STFCMM.
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