Segundo revelou hoje o capitão do porto de Setúbal, Luís Lavrador, "a operação deverá ter lugar cerca das 18:00, durante a baixa-mar, caso as equipas de mergulhadores considerem que há condições mínimas de segurança para irem ao local onde se encontra o parapente".
O responsável da capitana do porto de Setúbal adiantou à agência Lusa que o parapente está "a cerca de 50 metros do local onde ocorreu o acidente, numa zona de rebentação, o que dificulta bastante a operação de resgate".
"Há riscos que às vezes se correm quando há pessoas com vida, mas não é este o caso", acrescentou Luís Lavrador, salientando que não faz sentido estar a colocar mais vidas em risco.
Segundo Luís Lavrador, para concretizar a tentativa de resgate do parapente e verificar se junto ao referido equipamento também está algum dos dois desaparecidos, é necessário garantir também o apoio marítimo aos mergulhadores, para o caso de não conseguirem regressar a terra e terem de sair para o mar, bem como o apoio aéreo, caso ocorra algum acidente durante a operação".
As duas pessoas desaparecidas, de 34 e 37 anos, ambas de nacionalidade austríaca, integravam um grupo de turistas provenientes da Áustria, que chegou a Portugal na semana passada para a prática da modalidade de parapente.
O acidente ocorreu quando a mulher aterrou numa praia do Meco, muito perto da água, tendo sido arrastada para o mar, juntamente com o parapente.
Dois outros austríacos, que tinham aterrado pouco antes no mesmo local, foram em socorro da mulher, mas acabaram, também eles, por ser arrastados para o mar.
O corpo de uma das três vítimas, um homem de 51 anos, foi encontrado na segunda-feira pouco tempo depois do acidente, mas já sem vida.
As outras duas pessoas - a mulher e um outro homem que tentou socorrer - continuam desaparecidos.
As operações de resgate estão a ser dificultados pelo estado de mar, que apresenta uma forte ondulação na zona onde ocorreu o acidente.
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