Neste momento, ainda se desconhece se é o equipamento que guarda a informação geral do avião ou o gravador do cockpit.
A recuperação da “caixa negra” vai ajudar os investigadores a determinarem a causa da queda do Boeing 737-500.
O aparelho despenhou-se no mar, no sábado passado, pouco depois de ter descolado do aeroporto de Jacarta, e numa altura em que se fazia sentir uma chuva particularmente forte.
De acordo com as notícias publicadas na Indonésia, o aparelho caiu quase em posição vertical, com a parte da frente virada para o mar.
Hoje, as estações de televisão transmitiram imagens dos mergulhadores em botes de borracha a retirar da água a “caixa negra” do avião, que vai ser levada para a Comissão Nacional de Segurança em Transportes (CNST), entidade que vai levar a cabo a investigação.
Um navio da marinha mercante detetou o sinal dos dois equipamentos de gravação do avião (“caixas negras”).
De acordo com o almirante Yudo Margono, da Marinha de Guerra da Indonésia, o equipamento recuperado estava enterrado no fundo do mar e sob várias toneladas de destroços do próprio avião.
O almirante especificou que foram lançados na área 160 mergulhadores.
Na equipa de salvamento estiveram envolvidas 3.600 pessoas, 13 meios aéreos, 54 navios e 20 embarcações de pequena dimensão que se deslocaram para a zona, a norte de Jacarta, onde o voo 182 se despenhou.
Partes do avião e restos humanos foram encontrados à superfície e também a uma profundidade de 23 metros.
Até ao momento, as equipas que se encontram no local enviaram para a polícia 74 sacos que contêm restos mortais.
Na segunda-feira, as autoridades comunicaram a identidade de uma vítima: Okky Bisma, de 29 anos.
Os familiares dos passageiros estão a enviar amostras de ADN à polícia, que vão ser usadas para identificar as vítimas.
De acordo com o presidente da CNST, Soerjanto Tjahjono, o avião estava intacto até ao momento em que tocou o mar.
O desastre aéreo do fim de semana volta a provocar os receios sobre a segurança aérea na Indonésia, que se tem vindo a agravar desde o final dos anos 1990.
Em 2007, os Estados Unidos proibiram as linhas aéreas indonésias de sobrevoarem o país, uma medida que se manteve em vigor até 2016.
A Sriwijaya Air sofreu apenas um incidente no passado, quando um avião da companhia saiu da pista onde aterrava tendo provocado a morte a um agricultor que se encontrava na zona.
Em 2018, o Boeing 737 MAX 8 da Lion Air despenhou-se com 189 pessoas a bordo, tendo o desastre sido provocado por falhas no sistema de pilotagem automática.
O avião da Sriwijaya Air que se despenhou no sábado não estava equipado com o mesmo sistema de piloto automático.
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