“A pressão migratória que a Itália está a sofrer desde o início do ano é insustentável. Deve-se a uma conjuntura internacional difícil” em África, declarou a chefe do governo de coligação de direita e extrema-direita, em mensagem vídeo difundida pelos seus serviços.
Meloni reagia assim à situação na ilha de Lampedusa, situada a menos de 150 quilómetros do litoral tunisino, que representa uma das primeiras escalas dos migrantes que querem atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
Nos últimos dias chegou a Lampedusa a maior parte dos 11 mil migrantes que alcançaram território italiano desde segunda-feira, segundo o Ministério do Interior, o que saturou o centro de acolhimento da Cruz Vermelha Italiana, que tem capacidade de 400 lugares.
Meloni disse também que “dezenas de milhões de pessoas” em África podem querer sair dos seus países, devido a golpes de Estado ou à fome, considerando “evidente que a Itália e a Europa não podem acolher esta massa enorme” de migrantes.
Meloni voltou a apelar à UE para que reaja rápida e resolutamente.
Em concreto, escreveu à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para a convidar a ir a Lampedusa e ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para que este coloque o tema das migrações na ordem de trabalhos da cimeira prevista para outubro.
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