O líder norte-americano, em declarações na Casa Branca, descreveu a proposta como “um roteiro para um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns”.
Biden disse que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos mortais dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.
A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.
“Enquanto o Hamas cumprir os seus compromissos, o cessar-fogo temporário tornar-se-ia, nos termos das propostas israelitas, ‘a cessação permanente das hostilidades’”, observou Biden.
Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.
Nas suas declarações na Casa Branca, O Presidente norte-americano disse que o Hamas “já não consegue” realizar um novo ataque em grande escala contra Israel, insistindo na necessidade de uma trégua prolongada e da libertação de reféns.
Biden abordou a guerra entre Israel e o Hamas, que já dura há quase oito meses, quando os militares israelitas confirmaram hoje que as suas forças estão agora a atuar em partes centrais de Rafah na sua ofensiva no sul da Faixa de Gaza.
“Este é realmente um momento decisivo”, afirmou Biden, ao falar sobre o acordo em três fases que as autoridades israelitas ofereceram ao Hamas.
“Israel fez a sua proposta. O Hamas diz que quer um cessar-fogo. Este acordo é uma oportunidade para provar se eles realmente querem dizer isso”, acrescentou.
Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque mortífero do Hamas em 07 de outubro, no qual militantes palestinianos invadiram o sul do território israelita, mataram quase 1.200 pessoas, na maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.
A operação israelita em grande escala de retaliação no enclave palestiniano já matou mais de 36 mil pessoas, na maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária.
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