Os médicos da região norte estão desde as 00:00 de hoje em greve, um dia de paralisação regional que nas próximas semanas vai repetir-se nas restantes zonas do país.
Os médicos reclamam a redução de 18 para 12 horas semanais no serviço de urgência, bem como a diminuição dos utentes por médico de família de 1.900 para 1.500 utentes.
A greve foi convocada pelos dois sindicatos médicos – Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos.
Os sindicatos queixam-se de que estão há um ano em “reuniões infrutíferas” com o Governo.
Contudo, numa das últimas reuniões, o Ministério da Saúde anunciou ter sido acordada uma das reivindicações sindicais: a redução de 200 para 150 horas anuais obrigatórias de trabalho suplementar.
Em declarações à agência Lusa na terça-feira, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha indicou que na segunda-feira houve uma última reunião com o Ministério da Saúde que “não foi conclusiva”.
Os sindicalistas lembram que o atual Ministério “é o que quer pôr os médicos mais velhos a fazer urgência”, “quer pôr os médicos mais novos a pagar para saírem do Serviço Nacional de Saúde no fim do internato” e que “não abre o concurso para recém-especialistas hospitalares”.
A greve dos médicos deve afetar sobretudo consultas e cirurgias. Os serviços mínimos estão garantidos e abrangem urgências, tratamentos oncológicos ou cuidados intensivos.
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